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Afastamentos por tratamento por transtornos de saúde mental

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Em um mundo ideal, a saúde mental no trabalho seria uma prioridade incontestável para todas as empresas. No entanto, a realidade muitas vezes revela um cenário diferente, onde o bem-estar emocional dos colaboradores nem sempre recebe a atenção necessária.

A realidade dos números

Em 2023, no Brasil, foram registrados 288.865 afastamentos por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais, conforme a classificação internacional de doenças (CID), segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse número abrange tanto afastamentos temporários quanto permanentes, refletindo um aumento preocupante que tem sido impulsionado por diversos fatores.

A pandemia de COVID-19 desempenhou um papel significativo nesse aumento. As mudanças nas rotinas de trabalho, o isolamento social e a incerteza quanto ao futuro contribuíram para aumentar condições como ansiedade e depressão. Além disso, a crescente conscientização sobre a importância da saúde mental fez com que mais pessoas buscassem ajuda profissional e, consequentemente, afastamentos quando necessário.

O processo de afastamento

Para se afastar do trabalho por motivos de saúde mental, o colaborador deve estar incapacitado por mais de 15 dias. É necessária a apresentação de um atestado médico que comprove a incapacidade, seguido de uma perícia oficial em saúde realizada pelo INSS. Esse processo assegura que o afastamento seja justificado, garantindo ao trabalhador o tempo necessário para recuperação sem o risco de perder sua renda.

A responsabilidade das empresas

O papel das empresas nesse contexto é crucial. Além de seguir os procedimentos legais para o afastamento dos colaboradores, as organizações devem adotar medidas proativas para promover um ambiente de trabalho saudável. Isso inclui:

  • Programas de Assistência aos Empregados (PAE): Serviços de aconselhamento e suporte psicológico podem ajudar os colaboradores a lidar com estresses tanto pessoais quanto profissionais antes que evoluam para transtornos mais sérios.

  • Flexibilização de Horários: Permitir horários de trabalho flexíveis ou a possibilidade de trabalho remoto pode reduzir o estresse diário, especialmente para aqueles que lidam com condições como ansiedade.

  • Capacitação de Gestores: Treinar líderes para reconhecer sinais de transtornos mentais e saber como agir de maneira empática e eficaz é fundamental para criar um ambiente de suporte e compreensão.

Promovendo o bem-estar no trabalho

A promoção do bem-estar não deve ser vista apenas como um benefício, mas como uma estratégia empresarial. Investir em saúde mental é investir na produtividade e na sustentabilidade da empresa. Ambientes de trabalho que priorizam o bem-estar mental têm menor rotatividade de funcionários, maior satisfação no trabalho e melhores resultados gerais.

Desafios e oportunidades futuras

Os desafios são muitos, mas as oportunidades para melhorar também. À medida que a sociedade progride na compreensão e aceitação dos transtornos mentais, as empresas têm a oportunidade de liderar mudanças positivas. Implementar boas políticas de saúde mental melhora a vida dos funcionários e fortalece a cultura e imagem da empresa no mercado.

Conclusão

A questão dos afastamentos por tratamento de transtornos de saúde mental no ambiente corporativo é complexa e multifacetada. Requer uma abordagem integrada que envolva compreensão, apoio e ações concretas.

Com políticas eficazes e compromisso coletivo, o ambiente de trabalho pode se tornar seguro, produtivo e satisfatório para a saúde mental dos colaboradores.

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