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O que é síndrome de burnout?

Saiba mais sobre a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.

burnout

Vivemos em uma realidade que preza pela velocidade, produtividade e entrega de resultados. Por conta disso, a cada dia que passa, a ideia de se desconectar do trabalho fica mais difícil. Separar a vida profissional e pessoal está cada vez mais árduo. Mas será mesmo que damos conta de tudo a qualquer custo?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), somos o país mais ansioso do mundo e um dos que mais sofre com a depressão. E, relacionada aos ambientes de trabalho, uma doença vem ganhando destaque nos últimos anos: a Síndrome de Burnout. Essa doença manifesta-se por um esgotamento mental e sensação de esgotamento físico ligado a períodos estressantes de trabalho, alta demanda de serviço, poucos colaboradores, pressão de chefe, excesso de ligações diárias etc. Mas, você já ouviu falar da Síndrome de Burnout? O que é? Quais são os sintomas? Qual é o seu tratamento? Então, leia esse artigo até o final para descobrir tudo isso e muito mais!

O que é?

O termo “Burnout” vem do inglês e é uma união de duas palavras: “burn”, que quer dizer queimar, e “out”, que significa exterior. Então, a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como uma queima de fora para dentro, ou seja, fatos externos que causam muita pressão no interior, na mente.

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é uma doença mental que surge após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes, ou seja, que requerem muita responsabilidade ou até mesmo excesso de competitividade. Essa síndrome surge por excesso de trabalho vinculado à pressão.

Alguns profissionais são mais suscetíveis a desenvolver a Síndrome de Burnout, tais como: médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, além de profissionais que realizam dupla ou tripla jornada.

É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é considerada uma doença pela OMS. Desde janeiro de 2022, ela passou a ser classificada como uma doença ocupacional (CID 11), ou seja, relacionada ao trabalho. Antes, ela era associada à organização do modo de vida (CID 10).

Para conhecer melhor essa doença e como ela pode te afetar, precisamos voltar às suas origens. O burnout foi inicialmente estudado pelo psicólogo alemão-americano Herbert Freudenberg em 1974.

Ele percebeu que rotinas de trabalho intensas levavam muitos profissionais a se sentirem desmotivados e emocionalmente esgotados. E mesmo que gostassem muito do seu trabalho, eles sempre estavam deprimidos e não eram capazes de focar em suas atividades.

Ou seja, o burnout pode ser melhor resumido como um esgotamento profissional. Mas vamos com calma, o buraco é um pouco mais embaixo. Afinal, esse esgotamento se manifesta com sintomas relacionados aos da ansiedade e depressão. Portanto, caso você desconfie que sofre desse mal, procure ajuda profissional para um diagnóstico mais preciso.

Mas quais são os sinais da síndrome de burnout?

Conforme já mencionamos, o burnout é uma síndrome complexa cujo sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças mentais. Logo, o diagnóstico médico é indispensável para tratar esse problema.

Entretanto, existem três pilares que são característicos da doença. E que, caso você se identifique, podem soar como um alerta de que está na hora de procurar ajuda. Veja quais são:

1. Sentimento de exaustão

O sentimento de exaustão é um pilar chave para identificar o burnout. Mas esse sentimento é diferente daquele que temos quando tivemos um dia cansativo e queremos chegar logo em casa.

A exaustão ocasionada pelo burnout pode se expressar de formas mais sutis. Entre elas, está o aumento do consumo de álcool, a dependência de açúcar durante o dia e um cansaço leve que nunca passa – mesmo que você durma várias vezes.

Além disso, é importante ressaltar que cargas de estresse e ansiedade podem ser fatores de motivação. Entretanto, a exposição excessiva a isso começa a se tornar um esgotamento e deve ser observado.

2. Distanciamento mental do trabalho

Estar fisicamente no ambiente de trabalho, porém com dificuldades de se concentrar pode ser um indício de burnout.

Isso acontece por conta que, no início do quadro de burnout, nossa mente tenta nos proteger da agressão física e mental que o trabalho pode estar sendo. E assim, ela acaba nos bloqueando de conseguir focar nas suas tarefas.

Esse sinal pode ser facilmente observado no momento de se realizar tarefas menos mecânicas, como atividades que exigem tomadas de decisão ou análises complexas. O burnout tende a comprometer sua capacidade de realizar tais tipos de tarefas.

3. Redução do desempenho profissional

Gerado muitas vezes pelos sintomas anteriores, é evidente uma redução do desempenho profissional quando um indivíduo desenvolve a síndrome de burnout. Entretanto, esse sinal é, muitas vezes, negligenciado.

É normal, conforme você trabalha em determinada função, ir perdendo gradativamente o ânimo. No final, o trabalho se torna apenas um processo natural, não uma novidade. O problema é quando essa queda de desempenho é mais acentuada do que deveria.

Nesses casos, você pode acabar reduzindo o problema e pensando: “Ah, eu apenas perdi o ânimo”. Porém, não se engane, isso pode não ser natural e estar sendo gerado por um ambiente tóxico.

Outros sintomas físicos também podem estar presentes como: Dor de cabeça; Pressão alta; Dores musculares; Ganho ou perda de peso repentino.

Como tratar a síndrome de burnout?

Você pode identificar o que está te fazendo mal com alguns questionamentos. Primeiramente, observe como você está lidando com sua carreira no momento. A quantidade de trabalho que está sendo demandada de você é compatível com sua capacidade de entrega? Seu trabalho está prejudicando o seu bem estar? Você está em um ambiente de trabalho agressivo? Está tendo um desenvolvimento de carreira insatisfatório?

Perceba que não existe uma fórmula mágica que diga qual é o motivo para sua insatisfação. Sim, a razão pode ser um ambiente de trabalho tóxico, ou até mesmo um chefe sem noção. Por outro lado, esses pontos também podem não possuir nenhuma correlação com o seu problema. No final, tudo pode ser fruto de uma autocobrança sua.

Mas afinal, o burnout é grave? Sim, claro e com certeza!

Muitos ambientes corporativos possuem uma cultura que valoriza o trabalho excessivo e situações estressantes de trabalho. Em um cenário tão tóxico, é quase impossível manter a saúde mental.

Além disso, muitos profissionais criam grandes expectativas para suas carreiras. Tais expectativas se tornam difíceis de lidar, ainda mais quando todos nas redes sociais parecem estar se dando bem no trabalho e sendo bem-sucedidos. É quase impossível não se comparar – e, por consequência, se cobrar.

Tratamento da Síndrome de Burnout

A única forma de superar o burnout é encontrar essa “raiz do problema” e a excluir da sua vida para sempre. Claro que mudanças na rotina podem ajudar como: praticar exercícios físicos, alimentação saudável, conseguir separar a vida profissional da pessoal etc.

A dica que deixamos para você que acha que já está bem perto do seu limite é: não deixe isso acontecer. Preste atenção nos seus sentimentos. Lembre-se: não é e nunca vai ser normal chorar ou simplesmente travar toda vez que você precisa entregar uma demanda.

Mas fazer isso sozinho pode ser complicado. Por isso, a ajuda profissional é importante. Caso se identifique com algum desses pontos, procure um profissional de sua confiança. Ele te ajudará a encontrar o caminho e superar essa situação tão difícil.

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Fonte:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout#:~:text=S%C3%ADndrome%20de%20Burnout%20ou%20S%C3%ADndrome,justamente%20o%20excesso%20de%20trabalho.

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/09/09/de-olho-no-burnout-12-sinais-que-podem-indicar-que-voce-tem-o-problema.htm