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O impacto do uso das telas na comunicação

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No cenário atual, marcado pela ubiquidade das tecnologias digitais, o uso excessivo de telas tornou-se uma das preocupações centrais em relação ao desenvolvimento infantil e à comunicação eficaz. Um estudo realizado no Ceará trouxe à tona a influência preocupante que o tempo de tela pode ter sobre a linguagem das crianças, apontando problemas e preocupações globais sobre do tema.

Detalhes do estudo e resultados alarmantes

Neste estudo cearense, foram analisadas 3.155 crianças de até 60 meses de idade. A pesquisa revelou que 69% delas estavam expostas às telas por um tempo considerado excessivo. Essa exposição aumenta com a idade das crianças, começando em 41,7% em bebês de até um ano e atingindo 85,2% em crianças entre quatro e cinco anos. O estudo também mostrou que o tempo em frente à TV e outros dispositivos está diretamente ligado a uma diminuição nas habilidades de comunicação e de resolução de problemas.

Implicações do uso excessivo de telas

O uso excessivo de telas pode causar impactos profundos. Primeiramente, reduz o tempo de interação direta entre crianças e adultos, essencial para o desenvolvimento da linguagem e habilidades sociais. Além disso, a exposição constante a estímulos visuais rápidos e intensos pode sobrecarregar o cérebro em desenvolvimento, potencialmente causando danos à região frontopolar, que é crucial para o processamento linguístico e cognitivo.

Redes sociais e desenvolvimento cognitivo e emocional

As redes sociais são uma grande parte do tempo de tela para muitos adolescentes e até crianças mais novas. Elas substituem o tempo que poderia ser usado para brincar fora de casa ou interagir com amigos e família. Embora ofereçam maneiras de se conectar com outros, as redes sociais não substituem as interações cara a cara, que são essenciais para o desenvolvimento emocional e social.

Diretrizes e recomendações

Organizações como a Sociedade Brasileira de Pediatria sugerem que o tempo de tela para crianças pequenas não exceda duas horas diárias. Essa recomendação procura equilibrar os benefícios educacionais e de entretenimento das telas com a necessidade de experiências físicas e sociais. A campanha “MenosTelasMaisSaúde” enfatiza a importância de limitar o uso de telas e aumentar atividades que promovam desenvolvimento físico e mental.

Alternativas construtivas ao uso de telas

Promover atividades que não envolvem telas é crucial. Atividades como ler, praticar esportes ou fazer artes não apenas divertem as crianças, mas também ajudam no desenvolvimento de habilidades importantes. Essas atividades estimulam o cérebro de maneiras que o uso de telas não pode.

Buscando um equilíbrio sustentável

Em resumo, o uso das telas é uma realidade inegável do nosso tempo e traz consigo tanto vantagens quanto desafios significativos.

Para crianças e adolescentes, a chave está em balancear esse uso de modo que complementem, e não substituam, as interações humanas e atividades que são cruciais para um desenvolvimento saudável. Assim, enquanto navegamos pelo vasto e complexo mundo digital, devemos também assegurar que os jovens tenham as habilidades necessárias para prosperar tanto no ambiente virtual quanto no real, promovendo um futuro em que a tecnologia atue como uma ferramenta de enriquecimento e não de limitação.

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