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Janeiro Roxo: Mês do Combate e Prevenção da Hanseníase

Saiba mais sobre o combate a hanseníase no janeiro roxo.

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Você sabia que o último domingo de janeiro é dedicado ao Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase? A data foi criada para mobilizar a sociedade em torno da doença que, antigamente, era conhecida como lepra.

Diversas ações de conscientização sobre a hanseníase são realizadas pelo país e marcam a campanha do Janeiro Roxo.

O objetivo principal da campanha é aumentar o diagnóstico precoce de casos, investindo-se na sensibilização dos profissionais de saúde da rede de atenção básica para a suspeição do diagnóstico e na divulgação dos sinais e sintomas para a população.

O que é a hanseníase?

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que se multiplica lentamente e pode levar de cinco a dez anos para dar os primeiros sinais. É uma doença transmissível e atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos como mãos e pés.

A transmissão ocorre pelas vias respiratórias (fala, espirro ou tosse), durante o convívio prolongado com o doente sem tratamento. E, o paciente deixa de transmitir a doença para seus familiares ao iniciar o tratamento medicamentoso.

A patologia afeta principalmente os nervos periféricos e está associada a lesões na pele, como manchas esbranquiçadas, avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade.

O diagnóstico tardio pode deixar graves sequelas, especialmente a incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira. O preconceito e a falta de informação ainda dificultam a eficácia da cura. A hanseníase não é mais uma doença vista como no passado, hoje ela tem tratamento e cura.

Hanseníase no Brasil

Apesar da invisibilidade, a hanseníase faz parte de uma chocante realidade no Brasil. Foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano.

Principais Sinais e Sintomas:

Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil;

Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros;

Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração;

Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações;

Dor e espessamento nos nervos periféricos;

Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés;

Caroços no corpo;

Pele seca;

Olhos ressecados;

Feridas, sangramento e ressecamento no nariz;

Febre e mal-estar geral.

Hanseníase tem cura

Nem todos sabem, mas a hanseníase tem cura e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante 12 meses, o paciente diagnosticado precisa tomar três tipos de antibióticos e manter acompanhamento mensal.

O maior problema para a eliminação da doença está na dificuldade de identificá-la. Por falta de conhecimento, o diagnóstico da hanseníase tem sido tardio e os pacientes e pessoas próximas sofrem com consequências graves, além do aumento do risco de transmissão da doença não tratada. Afinal, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura e menor o risco de sequelas.

Amigos e parentes

Lembre-se: em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) a também irem ao médico para serem examinadas.

Fonte:

https://www.allianceagainstleprosy.org/

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/hanseniase/index.php?p=269399#:~:text=Campanha%20Anual%20de%20Combate%20a%20Hansen%C3%ADase&text=Em%20janeiro%20de%202023%20ser%C3%A1,educativas%20em%20todo%20o%20pa%C3%ADs.

https://www.sbd.org.br/janeiro-roxo/