Última atualização:

Como é feito um transplante de medúla óssea?

como-e-feito-transplante-medula-ossea-img

O transplante de medula óssea é um tratamento para doenças graves que afetam a medula óssea, impedindo-a de produzir células sanguíneas e do sistema imunológico.

Existem dois tipos principais de transplante:

  • Autólogo: as células saudáveis são retiradas da medula óssea do paciente antes do tratamento e reinjetadas após.

  • Alógeno: as células saudáveis são retiradas da medula óssea de um doador compatível.

Além desses dois tipos, existe uma nova técnica que permite guardar células estaminais do cordão umbilical do bebê.

Quando é indicado o transplante?

O transplante de medula ósseo normalmente é indicado para tratar:

  • Câncer da medula, como leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo;
  • Alguns tipos de anemia, como anemia aplástica, falciforme ou talassemia;
  • Lesões na medula devido a tratamentos agressivos, como quimioterapia;
  • Neutropenia congênita.

A medula óssea é o tecido responsável pela produção das células sanguíneas e do sistema imunológico. As células-tronco hematopoiéticas (CTH) são as responsáveis por essa produção. O transplante de medula óssea é um procedimento que visa substituir a medula óssea deficiente por outra saudável, por meio de CTH saudáveis e funcionais. Com o Joov você consegue os melhores planos do mercado para fazer os exames necessários com o menor custo! Faça sua comparação.

Como é obtido?

Antes da coleta das células saudáveis para transplante, é necessário realizar exames.

No caso do transplante autólogo, o paciente deve realizar exames para avaliar seu estado de saúde e a evolução da doença. No caso do transplante alogênico, é importante realizar testes de compatibilidade para garantir que as células podem ser usadas no paciente.

Alguns dos exames que podem ser feitos incluem: hemograma, teste de HLA, eletrocardiograma, raios X ou tomografia computadorizada. Assim que os exames apresentam resultados favoráveis, pode ser feita a coleta das células saudáveis.

Para isso, o dador ou o próprio paciente é colocado sob anestesia e é realizada uma punção na bacia para retirar a medula óssea. As células são então congeladas e armazenadas até o transplante.

Como é feito o transplante?

O transplante é feito através de um processo muito semelhante à transfusão de sangue, em que o médico utiliza um cateter, que é um fino tubo, para introduzir as células retiradas do dador na corrente sanguínea. Este procedimento pode demorar entre 30 minutos até 2 horas.

Porém, antes de receber o transplante, o paciente deve fazer um tratamento de condicionamento, que consiste em fazer quimioterapia ou radioterapia com o objetivo de eliminar todas as células malignas e destruir a medula. Após isso, está pronto para receber a medula saudável, que irá multiplicar-se e dar origem a uma nova medula saudável, capaz de produzir células sanguíneas. A melhor forma de garantir segurança e qualidade, é ter um ótimo plano de saúde nesse momento, faça sua cotação no Joov.

Como saber se o transplante é compatível?

A compatibilidade do transplante de medula óssea é essencial para evitar a rejeição e complicações graves. Para isso, o possível doador deve fazer uma coleta de sangue para análise de histocompatibilidade, que avalia a semelhança entre os genes dos dois indivíduos.

Se o doador for compatível, ele poderá doar medula óssea ao paciente. Caso contrário, o paciente terá de ser incluído na lista nacional de doadores de medula óssea, na esperança de encontrar um doador compatível.

Os irmãos do paciente têm maior probabilidade de serem compatíveis do que outros indivíduos, pois compartilham 50% dos genes. No entanto, se os irmãos não forem compatíveis, o paciente pode encontrar um doador compatível nas listas nacionais.

Os principais riscos ou complicações do transplante de medula óssea incluem:

  • Anemia;
  • Cataratas;
  • Hemorragias nos pulmões, intestinos ou cérebro;
  • Lesões nos rins, fígado, pulmões ou coração;
  • Infecções graves;
  • Rejeição;
  • Doença do enxerto versus hospedeiro;
  • Reação à anestesia;
  • Recidiva da doença.

As complicações do transplante de medula óssea são mais comuns quando o doador não é totalmente compatível, mas também podem estar associadas à resposta do organismo do paciente. Portanto, é essencial realizar todos os testes laboratoriais, tanto no doador quanto no receptor, para verificar a compatibilidade e a possibilidade de reações.

Há riscos para o doador?

O INCA revela que praticamente não há riscos para quem faz a doação, pois é retirado menos de 15% do necessário de sua medula óssea e a regeneração ocorre totalmente em poucas semanas após o transplante, sem afetar suas atividades. O que pode acontecer, em alguns casos, é dor local, dor de cabeça ou fraqueza temporária, situações que são tratadas com analgésicos tradicionais e passam rapidamente.

Semana da Mobilização Nacional da Doação de Medula Óssea

A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea é uma semana comemorativa instituída pela Lei nº 11.930/20091 que ocorre anualmente de 14 a 21 de dezembro. O objetivo da ação é promover o esclarecimento e a conscientização sobre a doação e o transplante de medula, bem como a captação de doadores.

As ações, atividades e campanhas publicitárias devem envolver órgãos públicos e entidades privadas a fim de informar e orientar sobre os procedimentos para o cadastro de doadores, a importância da doação de medula óssea para salvar vidas e sobre o armazenamento de dados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – REDOME.

Para doar medula óssea, é necessário haver uma total compatibilidade entre doador voluntário e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.

Quem pode doar?

Há alguns critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea, como por exemplo, ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, preencher uma ficha com informações pessoais e coletar uma amostra de sangue com cinco ml para testes de compatibilidade.

As informações pessoais são inseridas no banco de dados REDOME e o cadastro ficará ativo até os 60 anos de idade do doador. Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu estado de saúde.

Doação de medula óssea no Brasil

Atualmente, há no Brasil 4 milhões de inscritos no Redome, um número que cresceu bastante nos últimos anos e levou o país ao terceiro maior com banco de dados de doação de medula óssea no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Alemanha. O INCA realiza cerca de 8 transplantes por mês, sendo pelo menos 2 por meio de doadores não-aparentados.

Joov

Conte com o Joov para comparar as melhores operadoras de saúde. Aqui, você consegue ver coberturas, benefícios e preços. Além disso, você pode contratar o plano de forma totalmente online, sem burocracia e com o acompanhamento de especialistas em todo o processo.

Faça uma comparação conosco, e encontre um plano que seja a sua cara!