O que é TDAH?
O TDAH é uma condição em que a pessoa tem dificuldade de ficar atenta, é muito ativa e age impulsivamente. Geralmente, começa na infância e pode continuar durante toda a vida. Tratar logo no início é importante para que a pessoa possa ter uma vida mais equilibrada e produtiva.
Causas
O TDAH, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, pode ter várias causas. Os especialistas acreditam que ele é causado por uma mistura de fatores genéticos e do ambiente. Isso significa que tanto a genética quanto o ambiente em que a pessoa vive podem influenciar o desenvolvimento do TDAH. Algumas alterações nos genes, junto com condições difíceis no ambiente, podem mudar a maneira como o cérebro funciona.
Existem diferentes tipos de causas para o TDAH:
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- Causas genéticas: o TDAH é mais comum em famílias onde já existe a doença. Se alguém na família tem TDAH, há mais chance de outros membros também terem. Cerca de 76% das chances de ter TDAH vêm da genética.
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- Problemas no cérebro: estudos mostram que pessoas com TDAH têm diferenças no cérebro, principalmente em áreas como o córtex pré-frontal e o cerebelo.
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- Fatores do ambiente: coisas que acontecem no ambiente também podem influenciar o TDAH. Isso inclui fumar durante a gravidez, passar por abusos ou negligência na infância, viver em vários lares adotivos, exposição a substâncias tóxicas como chumbo, infecções como encefalite, ou exposição ao álcool enquanto ainda está no útero.
O TDAH pode se mostrar de três maneiras diferentes:
O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:
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Apresentação combinada: se tanto os critérios de desatenção e hiperatividade-impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses
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Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são.
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Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são.
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Leve: poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional
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Moderado: sintomas ou prejuízo funcional entre leve e grave estão presentes
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Grave: muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.
Sintomas de TDAH:
- Fazer coisas sem pensar muito e ser muito ativo:
- Agir sem pensar e mexer-se muito;
- Levantar quando deveria ficar sentado;
- Correr ou escalar coisas quando não deve, ou sentir-se muito inquieto;
- Não conseguir brincar ou relaxar quieto;
- Falar mais do que o normal;
- Interromper os outros, não esperar sua vez para falar ou agir.
- Ter dificuldade em prestar atenção:
- Não prestar atenção nos detalhes e cometer erros por não se concentrar;
- Ter problemas em focar nas tarefas ou brincadeiras;
- Não ouvir quando falam com você;
- Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, em casa ou no trabalho;
- Ter dificuldade para organizar tarefas;
- Não gostar de fazer coisas que exigem muito esforço mental, como lição de casa ou trabalho;
- Perder coisas importantes para as tarefas;
- Se distrair facilmente;
- Esquecer-se de fazer coisas do dia a dia.
No geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes com mais de 17 anos, é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.
Diagnóstico
Para identificar se alguém tem TDAH, é preciso ir a um médico especializado nesse assunto. Esse médico vai pedir exames como ressonância ou eletroencefalograma, e será feito um tipo de avaliação chamada neuropsicológica.
O médico usa uma lista de características definidas para determinar se a pessoa tem TDAH, qual o tipo, a intensidade e se está melhorando. Essas consultas costumam ser mais demoradas porque o médico precisa conhecer bem a história da pessoa e de sua família, pois o TDAH pode ser hereditário.
É importante que o médico saiba sobre como foi a gravidez, o nascimento, o crescimento inicial, a vida social e escolar da pessoa. Na primeira consulta, apenas a mãe ou os pais devem ir. Na segunda, o paciente - que pode ser uma criança ou adolescente - deve ir. Na terceira consulta, todos devem ir juntos.
Além disso, adultos com TDAH às vezes precisam trazer pais, cônjuges ou outros familiares para falar sobre sua infância e primeiros anos de vida, pois muitos não se lembram de detalhes importantes dessa época.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar o TDAH são:
- Psiquiatra;
- Neuropsiquiatra;
- Neuropediatra;
- Neurologista
Tratamento do TDAH
O tratamento de crianças e adolescentes com TDAH envolve uma equipe de vários profissionais. Isso inclui médicos, especialistas em saúde mental e educação. Às vezes, pode ser necessário consultar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um especialista em movimento corporal, um otorrinolaringologista e outros.
Também é importante que quem tem TDAH e suas famílias participem de grupos de apoio. Nesses grupos, profissionais de saúde explicam sobre o TDAH de maneira simples e direta. Isso ajuda todos a entenderem melhor os sintomas e a compartilharem suas experiências.
Medicamentos
Os remédios mais comuns para tratar TDAH geralmente têm um ingrediente chamado metilfenidato, como os medicamentos Concerta e Ritalina. Outro remédio que pode ser usado é o Efexor XR, que tem venlafaxina.
É importante lembrar que só um médico especialista pode decidir qual é o melhor remédio para você, qual a quantidade certa e por quanto tempo deve tomar. Sempre siga o que o seu médico recomendar e não tome remédios por conta própria. Não pare de tomar o remédio sem falar com o médico antes. Se você tomar mais do que foi receitado, siga as instruções na bula do remédio.
Prevenção
A neurociência ainda não sabe dizer ao certo de que forma é possível prevenir a ocorrência de TDAH. O que se conhece hoje são formas que ajudam a reduzir o risco de seu filho desenvolver o distúrbio. Confira alguns exemplos:
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Durante a gravidez, evite fazer uso de substâncias que possam prejudicar o desenvolvimento fetal. Não beba bebidas alcoólicas, evite cigarros e outras drogas. Evite, também, a exposição a toxinas ambientais
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Proteja seu filho da exposição a poluentes e toxinas, incluindo a fumaça de cigarro, produtos químicos agrícolas ou industriais e chumbo.
Conclusão
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